Os Muros Implícitos

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Quarenta e dois anos à espera por um propósito,
Um sentir que o mundo suspeita, por não ter toque,
Mas cuja imensa conexão só Deus pode medir.
Presos ao dever, a compromissos e seus frutos,
Seguimos em silêncio, sob o peso de um julgamento,
Numa batalha interna entre a emoção e a integridade.

Como dói estar tão perto e não poder tocar,
Calar os lábios ao fitar teus olhos.
Guardamos este afeto em um silêncio absoluto,
Pois amar, com clareza, é escolher não cruzar a linha.
É um acordo sagrado para não ferir corações,
E mesmo assim a saudade se torna um grito.

Sonhamos com um tempo livre, a bênção em nosso olhar
Onde teus filhos compreendam que amar não é roubar,
Mas honrar o que a alma expressa com verdade.
Esperamos em prece por um sinal, uma direção,
Guardando este amor em segredo, a sós com Deus,
Até que o coração, enfim, possa se revelar.

Mas se um dia a graça suprema nos libertar,
E o tempo permitir que a alma se mostre inteira,
Juro clamar aos céus que este amor resistiu.
Finalmente, cairão os muros implícitos,
E mostrarei ao mundo o teu nome ,manauara
O amor da minha vida, venceremos no tempo a ser revelado